2000 calorias : Muito ou pouco?
Como avaliar o consumo alimentar?
O primeiro passo é justamente entender o contexto!
Conhecer o indivíduo, as metas e os objetivos, o peso habitual, o peso atual, as doenças e comodidades, e por aí vai… Assim, com base na avaliação clínica, devem-se definir as necessidades nutricionais e avaliar-se a adequação alimentar.
Importante que necessidades nutricionais contemplem mais do que apenas calorias totais da dieta (isso, na maioria dos casos, nos diz muito pouco). Devem-se conhecer também a distribuição de macro (carboidratos, proteínas e lipídeos) e micronutrientes. (Obs: existem referências específicas para cada situação. Para indivíduos saudáveis, por exemplo, existem as DRIs – Ingestão Diária Recomendada).
E como detalhar essa ingestão de nutrientes?
Existem tabelas que informam a composição centesimal de cada alimento, como, por exemplo, a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCO). É possível calcular a ingestão total por meio de recordatórios de 24 horas ou de determinado período como em 72 horas ou diários alimentares (a pessoa anota ou conta o que comeu nesse período). É importante também conhecer como a alimento foi preparado (frito, cozido, grelhado. Carnes – qual o corte utilizado, com ou sem gordura etc). Quanto mais detalhado o relato/ registro, mais fidedigno o cálculo. Existem diversos programas (softwares) disponíveis no mercado que auxiliam nesses cálculos.
Porém, muitas vezes, não é possível, ou necessário, conhecer tão detalhadamente o consumo alimentar. Assim, a avaliação qualitativa dos hábitos alimentares é também válida e tão importante quanto a avaliação quantitativa. Avaliar a frequência do consumo de determinados grupos de alimentos (ou ausência de consumo) é importante. Desta forma, simples fatos como quantas latas de óleo, ou quantos pacotes de açúcar são consumidos mensalmente em casa, com que frequência se consomem embutidos (por dia, semana ou mês), pode dizer muito.