Quais são os benefícios de uma dieta enteral industrializada?

Conheça os inúmeros benefícios de uma dieta enteral industrializada com a Equipe de Terapia Nutricional Avançada.

Os benefícios de uma dieta enteral industrializada são inúmeros. A dieta enteral industrializada é indicada em determinadas situações, sobretudo aquelas em que o paciente não consegue ingerir suficientemente a suas necessidades nutricionais, seja por disfagia, ou alguma situação que impede que o alimento seja absorvido pelo trato digestivo, como fístulas ou doenças de má absorção, como já discutimos anteriormente em outros textos deste blog.

Quando então indicar uma dieta enteral industrializada?

A maior discussão sobre quando indicar a dieta enteral industrializada é determinada pelo seu custo, quando comparada a uma dieta artesanal. É fato que as dietas enterais industrializadas são mais caras quando comparadas às artesanais, a depender do fabricante. Em contraponto, as dietas industrializadas já vêm prontas, logo não requerem manipulação para seu preparo.

Somente a título de esclarecimento, é considerada uma dieta artesanal, caseira ou blender, aquela que é composta por alimentos in natura ou uma mistura de produtos naturais e industrializados (chamados de módulos).

A manipulação da dieta a ser infundida se torna um veículo para infecções. Os nutrientes em contato com o meio, sobretudo se manuseados sem métodos de higiene adequados e em ambientes não controlados, ficam altamente susceptíveis a contaminação.

Portanto, deve-se sempre indicar uma dieta enteral industrializada, salvo algumas situações motivadas por questões econômicas.

Quais as características de uma dieta enteral industrializada?

Uma outra vantagem da dieta enteral sobre as dietas artesanais é a quantidade de macro e micronutrientes que é muito mais precisa na primeira que na segunda. Esta característica facilita sobremaneira a avaliação da oferta destes nutrientes e permite um cálculo mais preciso que beneficie o paciente.

Uma fórmula enteral industrializada padrão deve conter obrigatoriamente proteínas, lipídeos, vitaminas e minerais. Esta composição pode variar conforme a característica da dieta. Exemplo: a dieta para um paciente diabético é pobre em sacarose e possui um teor maior de lipídeos.

  • Proteínas: a formulação deve conter entre 10 a 20% do valor energético total do produto, devem estar presentes na forma intacta, e devem ser de origem animal e vegetal;
  • Lipídeos: a quantidade total deve ser entre 15 e 25% do valor energético total;
  • Carboidratos: a formulação total deve conter de 45 a 75% do valor energético total. Os carboidratos devem estar na forma intacta ou hidrolisada.

A estas fórmulas padrão podem ser adicionados:

  • Fibra alimentar: até 2g/100kcal;
  • Flúor: até 0,5mg/100kcal;
  • Carnitina: até 100mg/100kcal;
  • Inositol: até 50mg/100kcal.

As fórmulas industrializadas ditas especializadas têm como objetivo atuar mais efetivamente sobre a doença de base do paciente. Exemplos: dieta para paciente com insuficiência renal não dialítico: alta densidade calória e com baixo teor e micronutrientes; dieta para paciente oncológico desnutrido que irá se submeter a grandes cirurgias: formulação rica em arginina, nucleotídeos e ômega 3.

Para auxiliar na similaridade das dietas a serem padronizadas numa instituição, é indicado que se avalie a RDC 21, para se classificar as fórmulas conforme sua composição em micro e macronutrientes.

Conclusão

Diante de todo o exposto, torna-se possível determinar a escolha da dieta enteral industrializada como a mais indicada a ser oferecida para o paciente com indicação desta via alternativa para alimentação.

É uma dieta segura, com baixo risco de infecções dada a baixa manipulação permitida pela mesma. Segura também no sentido de se permitir um cálculo de oferta exata ou pelo menos aproximada de nutrientes ao paciente.

Mesmo que mais cara, ainda é a mais indicada, pois pelo baixo risco de complicações, torna-se barata em todo o contexto clínico aplicado ao paciente, ou seja, pacientes que recebem dieta enteral industrializada tem um menor índice de complicações.

A indicação de uma dieta enteral industrializada é pautada num contexto clínico específico e individualizado, e deve ser feita por médico ou nutricionista. É mandatória a reavaliação periódica clínica e por vezes laboratorial. A interdisciplinaridade deve estar presente sempre visando a melhoria na qualidade de assistência ao paciente.

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