Estudo identifica sub-representação feminina em posição de liderança das sociedades de nutrição parenteral e enteral

Apesar das mulheres serem a maioria entre os profissionais das sociedades de nutrição parental e enteral (PEN) do mundo, elas desempenham menos papéis de líderes comparada aos homens.
Estudo identifica sub-representação feminina em posição de liderança das sociedades de nutrição parenteral e enteral

Sumário

O estudo que analisou a distribuição por sexo entre presidentes de sociedades, presidentes de conferências e cargos de editor-chefe em 64 sociedades NEP, entre 2003 e 2022, publicado no American Journal of clínica Nutrition, uma das revistas mais importantes da nutrição clínica. Também foram considerados os dados sobre os primeiros e últimos autores de diretrizes clínicas endossadas das duas sociedades líderes, a Sociedade Americana de Nutrição Parenteral e Enteral (ASPEN) e a Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e Metabolismo (ESPEN).

“Os resultados chamam a atenção, porque, ainda que tenha havido melhora ao longo desses últimos 20 anos, continua uma grande disparidade entre o número de homens e mulheres nessas posições de liderança, principalmente na Ásia e na Europa. E é interessante ver que a América do Norte e a América Latina estão melhores do que os demais continentes. Em relação à África nós identificamos poucas sociedades, então não dá para definir isso com clareza.”

A pesquisa considera sociedades mundiais com atuação focada na NEP ou nutrição clínica humana e com representação interdisciplinar, que foram levantadas com base no relatório da ESPEN, que lista várias sociedades NEP em todo o mundo, e um estudo realizado por Bolasco, que descreve as principais sociedades relacionadas com a nutrição em diferentes regiões. “Avaliamos a lista, conferindo de forma online as sociedades nas distintas regiões geográficas. Então, identificamos as pessoas que poderiam nos responder ou enviamos mensagens diretas para os líderes atuais, para que, então, respondessem a um questionário formulado para esse estudo, considerando os principais cargos de lideranças”, acrescenta Isabel.Um dos principais resultados mostra que 10 de 58 sociedades nunca tiveram mulheres ocupando a presidência. Também foram identificadas 18 entre 64 sociedades fundadas com mulheres como presidentes:

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De acordo com as informações de 43 sociedades, que apresentaram dados completos sobre a representação sexual nos últimos 20 anos, houve um aumento consistente no número de cadeiras femininas de 2003 a 2018. No entanto, entre 2018 e 2021, essa representação diminuiu e, em 2022, voltou aos níveis de 2018. Outra questão é que de 2003 a 2012, as mulheres ocuparam a cadeira em média 27,6% do tempo, aumentando para 38,6% entre 2013 e 2022.
Porcentagem de mulheres ocupando a presidencia em sociedades NEP
“Os cargos têm que ser ocupados não por sexo ou gênero, mas sim por meritocracia. E hoje temos participação de mulheres em grande número, inclusive há muito mais mulheres do que homens na área da nutrição, então não é possível que cargos importantes não possam ser desempenhados por elas”, defende Isabel. “Assim, há uma necessidade de estar dentro daquilo que nós defendemos: a equidade. E no mundo atual é inaceitável que não haja essa premissa. Isso impacta na abertura de portas para as novas gerações, principalmente para que lutem dentro dos princípios que nós elencamos para atingir essas posições”, conclui.

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