Indica-se a nutrição parenteral para pacientes que não conseguem suprir suas demandas metabólicas e nutricionais através da alimentação por via oral ou por cateteres enterais.
Pacientes que não devem ou não podem manter a Terapia Nutricional oral por alguma obstrução do trato digestivo ou por incapacidade de absorção dos nutrientes, ou mesmo aqueles que tem estas funções preservadas, no entanto não toleram aumentos do aporte de dieta para atingir suas necessidades nutricionais, são candidatos para a receber nutrição parenteral.
Na grande maioria das vezes, inicia-se a nutrição parenteral tendo em mente que ela será por um período determinado e que em algum momento será suspensa. Esta suspensão ocorrerá quando os motivos para o seu início forem resolvidos. Há casos em que a nutrição parenteral deve ser prolongada indefinidamente, principalmente em casos de insuficiências intestinais (intestino curto, obstrução intestinal ou fístulas de alto débito).
Portanto, quando o trato digestivo pode ser utilizado, a dieta oral ou a enteral começam a ser oferecidas. Caso o paciente tolere, estas são progredidas e, consequentemente, a dieta parenteral começa a ser reduzida até ser suspensa.
Cuidados que devem ser adotados com a suspensão da dieta parenteral
O principal deles é evitar a retirada abruta da dieta parenteral, sobretudo quando ela ainda estiver oferecendo a maior parte das necessidades nutricionais para este paciente. Esta transição deve ser gradual, como numa matemática simples, ou seja, a medida que a oferta dos macro e micronutrientes aumenta por via oral ou enteral, esta deve ser reduzida pela parenteral.
A oferta de nutrientes feita concomitantemente pelas nutrição enteral e parenteral, pode ocasionar hiperglicemia, hipervolemia, distúrbios hidroeletrolílticos e a superalimentação, algo que é altamente deletério ao paciente tanto em curto, quanto em longo prazo.
Ferramentas que são extremamente úteis nestas transições de vias de alimentação são os inquéritos alimentares aplicados para pacientes com dieta oral e os balanços nutricionais para pacientes com dieta enteral. Estas ferramentas mostram de maneira atualizada e diária se as necessidades nutricionais estão sendo atingidas e como elas podem ser readequadas.
A avaliação contínua do paciente, clínica principalmente, e a interdisciplinaridade são os grandes norteadores de condutas e as principais garantias para o sucesso da terapia nutricional.